Cidades que são conhecidas como o Vale do Silício Brasileiro

O Vale do Silício Brasileiro abrange diversas cidades do país. Este nome é uma referência ao Vale do Silício dos Estados Unidos, que está localizado na região da Califórnia e tem semelhanças com algumas regiões do Brasil, onde a tecnologia aparece com força.

Isso porque o Vale do Silício, tanto dos Estados Unidos quanto do Brasil, possuem como característica básica a concentração de grandes polos industriais. Além disso, o nome Vale do Silício é uma referência ao elemento químico Silício.

O Silício é um elemento que se trata de uma das matérias primas mais utilizadas na produção de diversos produtos, em especial, os eletrônicos. Por exemplo: itens de informática, produção de periféricos e outros componentes fundamentais para produzir diversos equipamentos eletrônicos.

Vale destacar que Vale do Silício é uma região considerada grande polo industrial, aglomerando muitas das empresas focadas em computação e tecnologia da informação. Desde o início, fomentou a geração de novas tecnologias e pesquisas científicas.

Quais são as cidades que compõem o Vale do Silício Brasileiro?

A princípio, as cidades e regiões que são polos industriais e, assim, são consideradas integrantes do Vale do Silício do país são:

  • Polo Tecnológico de Campinas, em Campinas (SP);
  • Porto Digital, no Recife (PE);
  • Vale da Eletrônica, em Santa Rita do Sapucaí (MG);
  • San Pedro Valley, em Belo Horizonte (MG);
  • Tecnopuc, em Porto Alegre (RS);
  • Parque Tecnológico de São José dos Campos, em São José dos Campos (SP);
  • Parque Tecnológico do Rio, no Rio de Janeiro (RJ);
  • Sapiens Parque, em Florianópolis (SC).

No entanto, outras regiões também se reivindicam como parte do Vale do Silício Brasileiro. São elas:

  • Araraquara e São Carlos (SP).
  • Além disso, diversas outras cidades do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná, pelo fato de possuírem uma economia digital significativa, se reivindicam como parte do Vale do Silício Brasileiro.

Por outro lado, tal fato é questionável, pois são polos menores do que as regiões anteriormente citadas...

A importância do Vale do Silício para o Brasil e o mundo

O Vale do Silício Brasileiro é de extrema importância para a economia brasileira e do mundo. Por exemplo, esta região exerce influência econômica e de produção não só no nosso país, mas como em todo o mundo.

Isso porque são polos respeitáveis de produção de eletrônicos e da exploração do silício para obter melhorias na indústria eletrônica.

Além disso, são regiões cuja produção serve o Brasil e é fonte de exportação de produtos. Também, sem se esquecer do fato da geração de empregos nas indústrias localizadas no Vale do Silício Brasileiro.

Vale do Silício Brasileiro: as “5 mais”

Dentre as regiões que fazem parte, oficialmente, do Vale do Silício do Brasil, podemos destacar 5 delas. Veja a seguir:

Campinas (SP)

Campinas, em São Paulo, foi o primeiro produtor a ser classificado como parte do Vale do Silício Brasileiro. Isso porque concentra as maiores empresas tecnológicas do país.

Atualmente, por exemplo, o polo é conhecido como incubador da tecnologia brasileira. Além disso, concentra mais de 300 empresas com reconhecimento mundial em inovação tecnológica.

Campinas abriga o CPqB. Ou seja, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações - que foi inaugurado em 1976, por meio da iniciativa estatal.

Na época, o centro tinha o monopólio de serviços de telecomunicações do país, por exemplo: a Telebrás. Anos depois, a Telebrás fora privatizada e se tornou uma fundação.

No entanto, a fundação ainda tem sua sede em Campinas, além de ter crescido muito. Ainda em Campinas, há mais de 12 centros de tecnologia, dedicados à pesquisa e desenvolvimento.

Por isso, Campinas é, realmente, o maior polo integrante do Vale do Silício Brasileiro.

Santa Rita do Sapucaí/MG

Enquanto isso, a cidade de Santa Rita, em Minas Gerais, também se situa como um dos maiores polos do Vale do Silício Brasileiro. Na região, há mais de 100 empresas eletrônicas.

Além disso, a região aposta no empreendedorismo. Assim, desenvolve programas com jovens e adultos sobre como gerar projetos.

A região começou a se destacar a partir de 1959, por meio da inauguração do primeiro instituto de ensino técnico em eletrônica do Brasil e de toda a América Latina, Dessa forma, entrando para o Vale do Silício Brasileiro.

De acordo com as empresas da região, no ano de 2017, por exemplo, houve um faturamento de mais de R$ 3 bilhões. No caso, em produção e exportação de produtos eletrônicos, incluído as primeiras tornozeleiras eletrônicas com rastreador, que são usadas pelo poder judiciário do país, além de serem exportadas para diversos países, incluindo os Estados Unidos.

Recife, em Pernambuco (Porto Digital)

Um dos maiores polos do Vale do Silício Brasileiro também. Nesta região está o chamado Porto Digital – polo tecnológico do Recife. O polo, por sua vez, tem sede no centro histórico da capital pernambucana.

O polo recifense conta com cerca de 250 empresas e startups do segmento de inovação, economia criativa e tecnologia da informação.

O Porto Digital funciona também como uma espécie de incubadora. Dessa forma, incentiva e acelera startups. Além disso, apoia empresas iniciantes não só da região, mas como de todo o país.

Vende e exporta para diversos países do mundo! O que representa um papel de extrema importância para as relações comerciais do Brasil e para a nossa economia.

Por exemplo, empresas estrangeiras têm sedes de produção neste polo. Entre elas: IBM, HP, Microsoft, Accenture e Samsung.

O Porto Digital, no ano de 2014, divulgou um faturamento de cerca de R$ 80 milhões. Neste caso, devido às empresas em seu portfólio, como por exemplo, a Telefônica, a Coca-Cola e a Vivo.

Santa Catarina no Vale do Silício Brasileiro

Santa Catarina também está entre as “5 mais”, pois detém mais de 20% das startups do Brasil. No caso, tanto em Florianópolis como em outras cidades do estado.

Assim, é considerado um polo para o desenvolvimento deste modelo de negócios. Além disso, incentiva as universidades a orientar seus estudantes em relação ao empreendedorismo por meio de startups.

Além disso, há muitos institutos e Instituições de Ensino Superior em Santa Catarina com foco na formação e no desenvolvimento de profissionais das áreas de tecnologia. Muitos, até acabam captando oportunidades no exterior, em companhias multinacionais.

Parque Tecnológico de São José dos Campos, em São José dos Campos (SP)

O Parque Tecnológico São José dos Campos, em São Paulo, também se destaca no Vale do Silício Brasileiro. Em especial, por agregar a base do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) – um dos centros deste tipo de tecnologia mais importantes e inovadores do Brasil e do mundo.

Além disso, o polo agrega o PqTec (Parque Tecnológico São José dos Campos), criado na década de 1970, por iniciativa da prefeitura local, do Governo do Estado de São Paulo e por iniciativas privadas.

O PqTec se trata de um dos maiores articuladores para o desenvolvimento de tecnologia de ponta, novos processos, produtos, etc. É, realmente, um polo do Vale do Silício Brasileiro essencial para a inovação, pesquisa e economia do Brasil.

Entre as mais de 200 empresas presentes na região, podemos citar:

  • 4 WORLDS;
  • 55 Pro;
  • 76 TELECOM;
  • S. Avionics Serviços;
  • ABIMAQ;
  • Acnis do Brasil;
  • AEB – Agência Espacial Brasileira;
  • Aero Concepts;
  • Aerocris;
  • Aerospace Brazil Certifications;
  • Ag Global - Agrotools Gestão e Monitoramento Geo-Espacial de Riscos do Vale do Silício Brasileiro.

Mas, afinal, por que o Silício é tão essencial para a produção eletrônica e tecnológica?

Por fim, vamos abordar mais sobre o silício e sua importância, já que dá nome às regiões que mais colaboram para o desenvolvimento tecnológico e eletrônico de todo o mundo, como o Vale do Silício Brasileiro.

Bem, o silício é um dos principais componentes encontrados no planeta. Ele fora isolado pela primeira vez no ano de 1824, pelo químico sueco Jons Jacob Berzelius.

Em sua forma pura, este componente apresenta uma estrutura cristalina que é essencial para a fabricação de eletrônicos em geral. Isso porque ele não entra em curto-circuito e não faz trocas ou apresenta reações químicas com demais componentes. Assim, é o material perfeito e essencial para a fabricação de tudo o que envolve eletrônica.

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